O governador Helder Barbalho anunciou na noite desta terça-feira(2) a inclusão de todas as regiões do estado, por um período inicial de sete dias, no bandeiramento vermelho, status que indica nível alto de contaminação pelo novo coronavírus.
Mesmo com as restrições, algumas atividades não essenciais serão permitidas. As manifestações, carreatas e toda aglomeração com mais de dez pessoas em locais públicos estão proibidas.
O Baixo-Amazonas já está com bandeira vermelha desde o dia 19 de fevereiro. Decreto da Prefeitura de Santarém estabeleceu condicionantes para a mudança de bandeiramento preto para vermelho.
“O número de mortes que o país atingiu hoje preocupa a todos os brasileiros. São mais de 1.700 vidas perdidas em um único dia. Devemos estar atentos para a gravidade do momento em que estamos vivendo. Temos a obrigação de evitar o caos na saúde pública no estado do Pará. E por essa razão estamos divulgando a partir de amanhã o novo decreto de abrangência estadual”, disse o governador na transmissão.
Em decreto que será publicado na edição de quarta-feira(3) do Diário Oficial do Estado, constará a decretação do toque de recolher de 22 às 05 horas. Supermercados, lanchonetes e similares só poderão funcionar até às 18 horas, horário limite para a venda de bebida alcóolica em lojas de conveniências.
Ficarão proibidas a partir desta quarta-feira os esportes coletivos, permitindo os esportes em duplas praticados em clubes sociais. Os restaurantes funcionarão até 18 horas, com 50% da capacidade.
Em Belém, o prefeito Edmilson Rodrigues descreveu a situação como “desesperadora”, se considerada a velocidade com que a disponibilidade de leitos clínicos e de UTIs está sendo reduzida nos últimos dias, em decorrência da escalada da doença.
O governador informou que, nesta terça-feira (02), o estado do Pará registrou uma taxa de ocupação de 81,91% dos leitos de UTI e 62,23% dos leitos clínicos para atendimento de pacientes com Covid-19. Sespa e secretarias municipais, acrescentou Helder, estão investindo para ampliar o número de leitos em todo o estado, em todas as regiões, para que se possa garantir o direito da população ao atendimento.
A entrevista coletiva teve a participação dos prefeitos de Belém, Edmilson Rodrigues; de Ananindeua, Dr. Daniel; de Marituba, Patrícia Mendes; de Santa Bárbara, Marcão; e de Benevides, Luziane Solon, além de secretários estaduais e presidentes de entidades.
A presença de Helder em Brasília, onde visitou a União Química (fabricante da Sputnik V, provavelmente a vacina que será adquirida por um consórcio de estados), e seu posterior regresso a Belém acabou adiando por várias vezes a coletiva, inicialmente marcada para as 17h, depois para as 19h30 e em seguida para as 21h. Mas só foi começar, de fato, às 21h55.
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