A Petrobras anunciou novos reajustes nos preços dos principais combustíveis vendidos nas refinarias da estatal. A partir desta terça-feira (9), o valor da gasolina sofrerá aumento de 8,1%, o diesel subirá 6,2% e o gás de cozinha ficará 5,1% mais caro. O reajuste é o primeiro a ser feito depois de uma reunião entre o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a Petrobras, o litro da gasolina vendido nas refinarias aumentará R$ 0,17, o que levará o valor médio para R$ 2,25. No caso do diesel, o reajuste será de R$ 0,13, ficando em R$ 2,24 o litro. O preço do gás de cozinha também ficará mais caro, com aumento de R$ 0,14, passando a R$ 2,77 o quilo.
A gasolina foi o combustível que mais sofreu reajustes desde o começo do ano. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), em janeiro, o primeiro aumento foi de 7,6%; no mesmo mês, o valor foi reajustado em 5%. Nos postos de combustíveis de Belém, o preço do litro da gasolina foi comercializado na semana passada em média a R$ 4,82, com o menor preço sendo R$ 4,67 e o maior a R$ 4,99.
Quanto ao diesel, a refinaria havia anunciado em janeiro o primeiro aumento de preço, de 4,4%. O levantamento do Dieese-PA aponta que na capital paraense o combustível foi vendido na semana passada em média a R$ 4,12, com o menor preço a R$ 3,76 e o maior a R$ 4,39.
Já o botijão de gás de cozinha de 13kg autorizado pela Petrobras teve o primeiro reajuste de preço também no mês passado, um aumento de 6%. Nos postos de revenda da Grande Belém, o produto foi repassado ao consumidor em média a R$ 84,24, variando entre R$ 79,99 e R$ 90. Em algumas regiões do Pará, o gás de cozinha é comercializado a preços superiores a R$ 100 por botijão.
Política de preços
O anúncio de reajuste ocorreu após a divulgação de dois comunicados sobre a política de preço da companhia, ambos feitos neste final de semana. Na sexta-feira, a empresa informou que a janela para verificação do alinhamento dos preços domésticos ao mercado internacional passou de trimestral para anual desde junho do ano passado.
No domingo, a estatal divulgou outro comunicado em que reafirma que a política de preços não foi alterada. “A manutenção da periodicidade de aferição da aderência entre o preço realizado e o preço internacional, adotada desde junho de 2020 e confirmada em janeiro de 2021, foi comunicada equivocadamente pela imprensa como alteração da política comercial da companhia”, informou a companhia.
Na segunda-feira, ao anunciar o novo aumento de preços, a empresa informou que os valores praticados “têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor dos produtos no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”.
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