Segundo o delegado Rilmo Braga, a modelo se apresentou à Delegacia Estadual de Capturas (Decap) após fazer um acordo na quarta-feira (24) com a Polícia Civil. A condenada vai passar por exame de corpo de delito e, após os trâmites formais, será encaminhada para a Casa do Albergado.
Bruna foi condenada em setembro de 2015 a prestar serviços comunitários e ao pagamento de multa de 10 salários mínimos por vender celulares a duas pessoas, mas nunca ter entregado o produto. Durante o julgamento, ela confessou o crime e disse que estava arrependida. Atualmente, a modelo também responde por outras denúncias de estelionato no Rio de Janeiro e em Brasília.
Sem cumprir a pena
A decisão que ordenou a prisão de Bruna foi dada na última quarta-feira (18), pelo juiz Wilson da Silva Dias, da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas, da comarca de Goiânia. Ele afirma que a ré encontra-se irregular nas condições legais e judiciais, pois não cumpriu com a pena que lhe foi determinada.
“O quadro desenhado nesta execução penal é absolutamente constrangedor do ponto da punibilidade, pois, desde 2017, a sentenciada não cumpre a pena de prestação de serviços à comunidade, sendo inexitosa sua localização em razão da diversidade de mudança de domicílio sem comunicar a este juízo, além de incorrer em descumprimento das condições judiciais e legais da pena restritiva de direito imposta”, afirma o magistrado.
Segundo o juiz, ao menos seis audiências de justificação foram designadas, entre os anos de 2018 e 2019, para que Bruna pudesse esclarecer os motivos pelos quais ela não cumpriu com as determinações da sentença. No entanto, consta nos autos que a ré não foi encontrada nos endereços por ela mesmo informados.
Em 2021, duas audiências foram marcadas. Mesmo assim, ela compareceu.
“Não pode o Judiciário aguardar o bel prazer da sentenciada, voluntariamente e espontaneamente, em querer cumprir a lei. Ela deve cumprir, pois demonstrou ignorar a lei, a decisão judicial, sentença que fixou a reprimenda e os órgãos de controle da execução penal, furtando-se do cumprimento da pena e achando-se, talvez, estar acima da lei”, diz o magistrado.
‘Barbie do crime‘
Bruna foi presa em 11 de agosto de 2015 por suspeita de estelionato, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a jovem, apelidada de “Barbie do crime”, mantinha perfis nas redes sociais de venda de produtos importados e aplicava golpes em clientes de Goiás e de outros estados.
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