“[Estavam] entrando nos estabelecimentos e acionamos a Guarda Municipal, mas elas foram embora. Foi uma coisa bem pontual que durou uma hora, mas por causa do jeito que as mulheres estavam foi bem desconfortável pois nosso destino é familiar. A gente preza pela tranquilidade na vila. Jamais permitiremos uma coisa assim com uma divulgação desse tipo”, disse a gerente da Associação Comercial e Turística, Ana Caroline.
Vídeos das três foram divulgados nas redes sociais, assim como o telefone e endereço da casa de massagem. Além da exposição, o que chama a atenção é que tudo aconteceu em plena luz do dia, na frente de crianças, por exemplo. “A Prefeitura [de Mata de São João] disse que vai localizar e notificar a empresa responsável, que fica em Barra do Jacuípe, pelo panfleto que eles viram o endereço e vão abrir um inquérito administrativo”.
Agora, a preocupação dos comerciantes é na possível volta das três mulheres. “Realmente causou um alvoroço e um desconforto para os turistas e empresários do local”, completou a gerente da associação. “A gente não admite esse tipo de divulgação. Estamos buscando junto com a polícia entender qual é a lei que vai inibir esse tipo de situação. Os estabelecimentos comerciais daqui não aprovam esse tipo de coisa […] Serviu de alerta”, sustentou.
MOVIMENTO AUMENTOU
A polêmica, porém, foi positiva para a casa de massagem. Procurado pela reportagem do Aratu On, o dono do estabelecimento não quis se identificar, mas disse que, após as andanças das mulheres pela vila, o movimento aumentou. “Eu não tive nenhum ponto negativo. Ninguém ligou pra mim criticando. Por incrível que pareça, ontem a casa bombou por conta da divulgação. Tem muita gente que vai criticar, geralmente são muitas mulheres”.
“A ideia surgiu de repente. Estávamos sentados, conversando. Eu e o outro proprietário entramos em um acordo de fazer a divulgação daquela forma”, revelou. “As pessoas estão me ligando dizendo que querem conhecer o ambiente”, complementou.
O empresário admitiu que não tinha autorização da Prefeitura de Mata de São João para realizar o ato. Questionado sobre o ambiente familiar, citado pela Associação Comercial e Turística da Praia do Forte, o homem desconversou. “Pediram muitas fotos, inclusive empresários casados. Teve gente que pedia para os maridos tirarem fotos com as meninas. Até crianças queriam tirar fotos, mas a gente não permitiu”.
Questionado se as moças receberam algum comentário negativo enquanto andavam pela vila, o rapaz classificou o ato como um “movimento feminista” e cravou: “Elas me disseram que vão de novo”.