Curiosidades

Noivos e os padrinhos armados viraliza na internet

Os noivos Carol Lacerda e Heffraym Malta só queriam fazer um casamento diferente, algo que jamais foi visto, e decidiram segurar as armas para fazer as fotos do casamento realizado no último sábado (19), em um espaço de eventos em Goiânia, capital de Goiás. A noiva estava com uma Gauge 12, o marido tinha nas mãos uma PT 100 e os padrinhos também empunharam armas de diferentes calibres.

A ideia pode parecer bem assustadora, mas a noiva explica em entrevista exclusiva à Marie Claire que boa parte do armamento era airsoft, feitas de plástico com algumas partes de metal, que atiram esferas de plástico de 6 mm de diâmetro e servem para o treinamento de servidores de segurança.
“Inclusive esta que eu estou portanto. Meu marido é ex-servidor penitenciário e atualmente trabalha na segurança privada, além de ser cantor. A arma que ele está portando também é airsoft por ele só ter porte funcional. Todos os padrinhos (que estão na foto) têm porte. Alguns são policiais penais e outros da Guarda Civil Metropolitana (Aparecida de Goiânia e Senador Canedo). Tudo foi pensado para não infringir qualquer lei”, discorre.
Carol é servidora pública concursada há 13 anos, já trabalhou em órgãos dentro da Segurança Pública e, em todos esses anos, nunca saiu desse meio. Iniciou a carreira no sistema prisional, trabalhou na Superintendência de Direitos Humanos da SSP, na Chefia de Gabinete do Secretário e atualmente faz parte dos quadros administrativos da Polícia Civil. Além disso, ela é atiradora esportiva, professora de Direito em Preparatório para concursos públicos em Carreiras Policiais e leciona em cursos na área de segurança privada.
“Eu gosto de armas e acho que bem usada em favor da defesa do cidadão de bem, em prol da segurança, ela é essencial”, opina. “Trata-se de segurança pessoal, mas não uso em meu dia a dia”, comenta.
Ela fala que não imaginava que as imagens fossem parar na internet, mas também assume que não pediu privacidade aos seus convidados. Carol ressalta que não queria que isso tivesse acontecido, pois a imagem que repercutiu não era da cerimônia em si e salienta que as imagens de toda a celebração foi transmitida online [disponível no fim da entrevista].
“Não tenho noção de quando surgiu a ideia [das armas]. A verdade é que meu marido e eu gostamos delas desde sempre, temos bastantes padrinhos da Segurança Pública e queríamos fugir ao trivial, algo que nos representasse”, detalha. “A cerimônia já havia acontecido. Foi um momento em que recebemos os padrinhos para a ‘recepção’. A nossa cerimonialista já estava com tudo organizado para nos receber em local específico (à frente da mesa do bolo) exclusivamente para essa foto”, continua.
A cerimônia não teve uma celebração religiosa e houve apenas uma troca de votos em uma chácara. A servidora destaca que todas as medidas sociais para evitar o coronavírus também foram tomadas e o evento contou com apenas 100 convidados em um espaço ao ar livre.
Carol e Heffraym estavam em lua de mel no Rio de Janeiro — de onde partem de volta a Goiás nesta quarta-feira — quando receberam as primeiras mensagens de desconhecidos que encontraram na internet os bastidores da festa de seu casamento. Ela lamenta que a repercussão tenha atrapalhado um pouco o momento íntimo do casal até porque precisaram responder as diversas mensagens que receberam.
“Não por dever satisfações, mas por acreditar na democracia e no direito de resposta”, expõe. “Já é o segundo dia completo de bastantes mensagens nas redes sociais. Os haters têm vindo aos montes, seja nas páginas das redes, como em nossos perfis pessoais. Alguns desejando que as armas tivessem disparado, outros desejando que nosso casamento termine em tragédia, outros apenas demonstrando repúdio, mas estamos levando de forma tranquila, até porque opinião cada um tem a sua”, comenta.
Por outro lado, a servidora declara que também tem recebido mensagens de apoio, principalmente de pessoas gostam de armas, vindo de policiais, delegados e colegas de profissão.”Meus alunos, inclusive, amaram, principalmente as mulheres que de sentem representadas por mim”, completa.
Ela ainda se posiciona como uma apoiadora à legalização do porte de armas, pauta muito discutida durante a campanha eleitoral e do governo de Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2019,15 dias após tomar posse do Palácio do Planalto, ele assinou um decreto que facilita a posse de armas de fogo. O direito à posse é a autorização para manter uma arma de fogo em casa ou no local de trabalho desde que o dono da arma seja o responsável legal pelo estabelecimento.
“Sou a favor desde que sejam cumpridos todos os requisitos legais, entre eles, não ter antecedentes criminais, maioridade legal (é maior que a penal), habilitação para tal (como curso e treinamento) e o exame psicológico, além de residência fixa. Acredito que com treinamento e educação todo ser humano é capaz de portar armas. Desde que cumpra os requisitos mencionados e queira ter uma, afinal não há que se forçar ninguém a nada”, opina.
Carol se posiciona como uma lutadora dos direitos das mulheres e responde que o assédio nas ruas é algo comum independente da carreira. De todo modo, a servidora pública afirma que quando se trata de mulheres policiais, seja da segurança pública ou privada, o assédio é um pouco diferente.
“Infelizmente, em nosso país alguns têm o fetiche pela mulher fardada e armada. Então esses pensamentos acabam sendo exteriorizados de forma inadequada. A diferença é que somos treinadas para nos defender”, pontua.
Com informações do site: revistamarieclaire
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