O fim da ajuda emergencial vai ajudar a controlar a inflação, afirmou hoje o ministro da Economia, Paulo Guedes (11) durante audiência pública virtual no Congresso Nacional, o ministro também citou a aprovação do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central (BC) como fator que vai reduzir a pressão sobre os índices de preços.
“Acreditamos que esse grande aumento da inflação vai se dissipar. Em primeiro lugar, porque o Presidente da Câmara vai aprovar o Banco Central Independente, o que vai impedir que continue esta subida de preços transitória. E, segundo, porque o próprio abrandamento do auxílio emergencial, porque desce e cai no Bolsa Família. Esta explosão nos preços da construção e dos alimentos está a acalmar um pouco ”, declarou o Ministro.
Guedes criticou a demora na aprovação de medidas que reduziriam os gastos públicos e flexibilizariam o orçamento. As reformas do pacto federal e a proposta de emenda constitucional emergencial (PEC), bloqueadas no Senado há um ano. Entre as reformas tributárias, dois projetos de lei, um que desvincula recursos do orçamento público e outro que institui um plano de estímulo fiscal aos estados, aguardam votação na Câmara.
Segundo Guedes, sua equipe de economistas fizeram a sua parte, enviando as propostas ao Congresso. A partir de agora, cabe aos parlamentares destravar a pauta e votar os textos. “É irracional, quase desonesto, cobrar por coisas já entregues. É muito fácil encobrir discórdia política passando o projeto de lei para aqueles que já fizeram sua parte. Eles não cobrem a economia. A hora da reforma é a política. Não faz sentido devolver a conta para a economia ”, afirmou.
O ministro também pediu o compromisso de aprovar a reforma tributária, que tramita em uma comissão parlamentar mista especial. Segundo Guedes, o debate é vedado por acordos entre membros do conselho de administração e partidos de esquerda. Ele também disse que acordos entre partidos de esquerda atrapalham o calendário de privatizações. “Como vou privatizar se não está na agenda?”.