A ação faz parte de uma série de atividades alusivas ao Natal e Ano Novo e segue até o final de dezembro
“Muitos aqui vão passar o Natal e Ano Novo longe das famílias, então a ação vem justamente para melhorar o humor e a autoestima desses pacientes, fazendo com que eles possam se sentir melhores nesse período”, explicou o voluntário e barbeiro, Ederson Estumano de Queiroz.
Seu Severo Lins, de 57 anos, está se recuperando na unidade após cair em casa e sofrer um trauma em um dos braços. Bem humorado e acompanhado da sua esposa, ele entrou na fila de espera para cortar o cabelo.
O bom humor dos pacientes durante os procedimentos chamava atenção de todos. “Sou conhecido como ‘seu Severo’, mas só de nome mesmo”, brincou o paciente, que em seguida comentou sobre a ação. “Se eu já ria para as paredes? Agora estou mais feliz com o novo visual”, comentou alegre.
Quem ficou ansioso foi o aposentado Manoel Rodrigues, 65 anos, que sugeriu até pintar os cabelos brancos. “Vou aproveitar o momento e mudar a cor branca dos meus cabelos. Meu filho que vai escolher a cor”, comentou.
Já a autônoma, Jaqueline Farias, foi mais vaidosa na hora de escolher o corte. “Você pode tirar dois dedos do cabelo e repicar as pontas”, pediu. A paciente está internada há um mês no hospital após sofrer acidente de trânsito.
Para que a ação seja realizada, foram adotadas medidas com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, os procedimentos foram feitos em área externa, com o uso de máscara e álcool em gel.
O Hospital Metropolitano, unidade do Governo do Pará, sob gestão da Pró-Saúde, recebe pacientes de média e alta complexidades em traumas. O HMUE também é referência no tratamento de queimados na região norte do Brasil.
“Enquanto tratamos a doença, é preciso cuidar das pessoas! A autoestima e o autocuidado podem ajudar na recuperação de maneira concreta e mostra que a vida continua, mesmo com o estado atual de internação e tratamento”, pontuou a diretora do Hospital Metropolitano, Alba Muniz.
Nesse período do Natal e Ano Novo, as ações de humanização têm sido estimuladas, ainda mais, para oferecer um acolhimento físico, social e psicológico, como atividades voltadas à experiência do paciente e do seu familiar.
A ideia, segundo a coordenadora de humanização do HMUE, Natália Failache, é promover um momento especial para os pacientes, já que muitos deles vão passar as festas do final do ano longe de suas famílias.
“Chamamos esses trabalhos de cobertura humanizada, pois engloba tanto o paciente como a família dele. São experiências e boas práticas implementadas pela Pró-Saúde e que vem ajudando muitas pessoas”, enfatizou a profissional.
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