
A polícia civil afirmou que a conclusão da investigação apontou para discrepâncias entre a investigação do suposto ataque ao candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César (PRTB), e a versão que ele divulgou e as testemunhas ouvidas na investigação. O laudo foi apresentado em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 11.
De acordo com a polícia, a investigação revelou que o veículo de Júlio César estava parado ou a 9 quilômetros do veículo quando ele foi contatado. “Não temos dúvidas de que o que está no arquivo e o que foi dito no arquivo não aconteceu realmente”, disse o delegado da PC, Walter Rezende. Os resultados da investigação são “completamente incompatíveis” com a versão do candidato.
“Chamou a atenção que a vítima tinha um carro blindado e estava usando outro veículo no mesmo dia. Na primeira versão, ele indicou que o carro ficaria com o mecânico; outros interessados disseram que seria lavado”. disse o delegado, que disse que o relatório “muda muito a condução da investigação”.
Um novo inquérito policial será aberto e o candidato e três outras pessoas que estavam no carro com ele serão ouvidos novamente pela polícia. “A partir de agora, continuaremos a investigação e buscaremos apontar o comportamento e o envolvimento de cada pessoa que testemunhou e agora está sendo revelada”, finalizou.
Versão do candidato
O carro do candidato teria sido grampeado quando ele voltava de uma reunião na Vila de Carimã, no interior do município. O tiroteio ocorreu por volta das 20h, quando um caminhão se aproximou do carro do candidato e disparou os primeiros tiros. Havia três pessoas no veículo.
Um terceiro veículo cruzou a rota ainda na estrada. As vítimas escaparam do bloqueio e tentaram escapar, mas o caminhão continuou perseguindo-as. Júlio César, que estava no banco do passageiro, levou um tiro no peito.