Os casos de conjuntivite costumam aumentar no período do verão na região amazônica. O alerta é de Emanuela Pimentel, oftalmologista da Pró-Saúde, com atuação no Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá (PA).
A especialista explica que a conjuntivite é ocasionada pela inflamação da “conjuntiva”, membrana transparente que reveste a esclera, a porção branca do olho. A inflamação pode ser de origem viral, sendo a mais comum e com duração de sete dias, além de ser bacteriana ou causada por episódios alérgicos. Os principais sintomas envolvem olhos vermelhos e inchados, lacrimejamento, coceira e secreção.
Para a oftalmologista, a exposição prolongada ao sol, o uso maior do ar condicionado e, principalmente, aglomeração de pessoas em praias, piscinas e balneários, são fatores que contribuem para a propagação da enfermidade no verão.
“No verão, a conjuntivite se propaga bem rápido, por isso medidas de prevenção devem ser seguidas como, por exemplo, a higienização das mãos, evitar aglomerações e coçar os olhos”, explicou.
A profissional também aconselha que para diminuir os sintomas da doença, e aliviar o desconforto, alguns procedimentos podem ser adotados, como a utilização de soro fisiológico gelado nos olhos, compressas frias sobre as pálpebras, e o uso de colírios específicos de acordo com prescrição médica.
• Nunca compartilhe itens pessoais como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão e rosto;
• Lave as mãos frequentemente, ou a higienize com álcool 70%, especialmente quando frequentar espaços públicos. As mãos são a principal porta de entrada para a infecção, quando levadas a região dos olhos;
• Ao nadar em piscinas, se possível, use óculos de natação para se proteger de bactérias e outros microrganismos presentes na água;
• Evite coçar os olhos, mesmo que as mãos estejam limpas, pois pode causar irritação e cria entradas para microrganismos nos olhos. Se já estiver com o problema em um olho, esse ato pode levar os elementos patogênicos para o outro e piorar a situação;
• Evite a exposição a agentes irritantes (fumaça) e/ou alérgicos (pólen) que podem causar a conjuntivite.
Em 2019, Hospital Regional do Sudeste do Pará realizou mais de 2 mil procedimentos oftalmológicos, de média e alta complexidades. A unidade conta com quatro médicos oftalmologistas e, somente no ano passado, a unidade promoveu mais de 200 cirurgias a pacientes de 22 municípios da região.
O HRSP é uma unidade do Governo do Pará, gerenciado pela Pró-Saúde desde 2006. O hospital presta atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema
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