O levantamento é feito por meio da aplicação de questionários socioeconômicos e testes rápidos, realizados por estudantes do curso de enfermagem da Uepa de Tucuruí.
Até o próximo domingo (12), moradores de Marabá podem receber a qualquer momento a visita de pesquisadores na porta de casa, pois está entre os 52 municípios paraenses a fazer parte de uma pesquisa epidemiológica desenvolvida pelo Governo Estadual, em parceria com a Universidade Estadual do Pará (Uepa) de Tucuruí, com o objetivo de levantar informações sobre a infecção pelo novo Coronavírus no estado.
Participam da ação 208 estudantes da área da saúde, vinculados ao curso de Enfermagem da Uepa. A Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está dando todo o suporte logístico aos pesquisadores, que já estão em campo desde a quarta-feira (08). Eles estão visitando 10 casas aleatoriamente, em cada um dos 23 setores censitários do município, com base nas delimitações feitas pelo IBGE. Ao todo, serão entrevistadas 230 pessoas, na zona urbana e rural do município.
“Nossa contrapartida tem sido prestar apoio necessário aos jovens pesquisadores da Uepa, garantindo a logística de transporte e locomoção da equipe durante os cinco dias de pesquisa”, afirmou Valmir Moreira, secretário municipal de saúde.
Nilton Duarte, 29 anos, recebeu os pesquisadores em casa, no bairro Novo Planalto, na tarde desta quinta-feira (09) e não perdeu a oportunidade de fazer o teste rápido. “Não tinha feito ainda. O trabalho é importante para saber como está a saúde da sociedade. Eles deram orientações sobre os cuidados que a gente tem de ter, o isolamento social, uso de máscara”, falou o comerciante.
Estudante de Enfermagem há 4 anos, Rafael Vulcão de 22 anos, é um dos cinco pesquisadores atuando em Marabá. Ele explica que o levantamento é feito por meio da aplicação de questionários socioeconômicos e da realização de testes rápidos.
“A gente vai verificar a expansão do novo Coronavírus para termos uma noção do panorama geral dessa doença no nosso estado. O nosso trabalho em Marabá está razoavelmente bem, embora a gente tenha algumas pessoas recusando fazer o teste rápido. Elas alegam ser por conta das Fake News, isso dificulta nosso trabalho”, enfatiza o estudante de enfermagem.
Sobre os métodos utilizados na pesquisa, o vice-reitor da Uepa e coordenador da pesquisa, Clay Chagas, destaca que o questionário aborda três grandes áreas: “A faixa etária, condições socioeconômicas e de que forma a população está cumprindo as medidas preventivas, como o uso de máscara e o isolamento social”, afirma o vice-reitor.
Por outro lado, Junior Veloso, coordenador adjunto do curso Enfermagem da Uepa em Tucuruí, ressalta que ao medir a prevalência e a velocidade da pandemia no estado do Pará, o governo terá a possibilidade de intensificar as ações de combate ao vírus.
“Desta forma o governo pretende obter dados para subsidiar o planejamento e implementação de politicas públicas eficientes para o enfrentamento da pandemia identificando o quantitativo de pessoas infectadas ou não pelo vírus”, comenta o professor.
A pesquisa epidemiológica iniciou em 30 de junho e funciona ainda como ação de saúde, educacional e pedagógica para os discentes. Ao todo, 27 mil testes serão aplicados no Pará. A ação é dividida em três fases, sendo 9 mil exames feitos em cada delas. Além de Marabá, estão sendo estudados na região de Carajás, os municípios Parauapebas, Tucuruí, Tailândia, Novo Repartimento, Dom Eliseu, Eldorado dos Carajás e São Geraldo do Araguaia.
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