Ex-prefeito de Marabá, ex-deputado estadual e e ex-diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, João Salame foi diagnosticado com covid-19. Na noite desta sexta-feira (10), ele comunicou, por meio de uma rede social, que a confirmação da infecção pelo novo coronavírus veio após a realização de três exames e uma tomografia.
“Dia 1º fiz um teste e deu negativo. Dia 8 fiz outro. Negativo de novo. Ontem (sexta-feira) deu positivo”, relatou a OLIBERAL.COM.
Os exames constaram que 50% da funcionalidade pulmonar foi comprometida pelo vírus. À reportagem, Salame criticou a falta de leitos no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), unidade hospitalar pública em Brasília. “Na medida do possível estou melhorando. Estou no Hospital Regional da Asa Norte. Não está tendo leito. Estou sentado numa cadeira desde ontem. Muito desconfortável, mas é o que tenho”, desabafou.
Salame pontuou ainda que, além dele, vários outros pacientes estão em situação precária por conta da falta de leitos. “Aqui onde estou, na enfermaria, tem uma dezena de pessoas na mesma situação. Sentadas em cadeiras”, declarou.
Sem plano de saúde, o político está com sintomas de covid-19 há 12 dias. Segundo ele, colegas têm tentado ajudá-lo a conseguir um leito, mas a situação é complicada. “Tenho muitos amigos no sistema desde a época que trabalhei no Ministério da Saúde. Eles estão tentando, mas não está fácil. Como estou desempregado há 1 ano e 6 meses estou sem plano de saúde. Vou ter que aguentar”, enfatizou.
Nas redes sociais, Salame tem recebido apoio de familiares e amigos. “Meu amigo, Jesus lhe dê a cura o mas rápido possível. Imagino como está o desconforto ai no HRAN”, disse uma usuária da rede social. “População marabaense na torcida por você”, destacou outro amigo do político.
Após contato da reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que “novos pacientes e aqueles oriundos de outras unidades hospitalares e que necessitam de internação, ao chegarem, são acomodados em poltronas enquanto é disponibilizado um leito no pronto-socorro ou nas enfermarias. Havendo necessidade, o paciente recebe oxigênio ainda sentado, ou seja, não deixa de ser atendido”.
Ainda segundo o comunicado, “a direção esclarece que uma pequena obra será feita para abrir 21 leitos novos, usando a antiga área de recepção do pronto-socorro”.
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