O Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante o Seminário Declaração de Direitos de Liberdade Econômica - Debates sobre a MP 881/19.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na manhã desta terça-feira (30) que o governo federal irá prorrogar mais duas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como coronavoucher. A informação foi divulgada pelo jornal “CNN”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou a afirmar, na última segunda-feira (22), que estava negociando com os presidentes da Câmara e do Senado o valor de R$ 500, R$ 400 e R$ 300 para as três parcelas extras do coronavoucher.
A argumentação do mandatário era de que a União não aguentaria “outro desse mesmo montante que por mês nos custa cerca de R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema”. Em contrapartida, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já tinha declarado que havia um “ambiente no Congresso (para provar) os R$ 600”.
De acordo com os cálculos do Tesouro Nacional, cada nova parcela do auxílio tem impacto de R$ 50 bilhões nas contas públicas. Com a prorrogação de nova duas parcelas, o déficit público de 2020 será elevado em 1,5 ponto percentual, para 11,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
O anúncio oficial acontecerá nesta terça-feira em cerimônia no Palácio do Planalto prevista para as 16h, com a presença de Guedes e Bolsonaro.
O auxílio emergencial abrange trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, Micro Empreendedores Individuais (MEIs) e desempregados, com pagamentos de R$ 600 a R$ 1.200 (caso para mães chefe de família).
O governo federal publicou na última sexta-feira (26) no Diário Oficial da União (DOU) o calendário para a terceira parcela do auxílio emergencial.
Os beneficiários que receberão são aqueles já cadastrados no aplicativo ou no site da Caixa Econômica Federal ou no Cadastro Único, mas não recebem Bolsa Família.
Segundo a portaria assinada pelo Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, serão dois calendários, ambos com base na data de aniversário dos trabalhadores. O primeiro é para depósito na poupança digital da Caixa, o segundo é para o saque do auxílio em dinheiro nas agências do banco.
De acordo com a portaria, a organização das datas do coronavoucher tem como objetivo evitar aglomerações nas agências.
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