Juiz derruba decreto de Tião Miranda que abriria comércio de Marabá em meio a pandemia de COVID-19

As atitudes irresponsáveis da gestão de Tião Miranda, prefeito de Marabá, têm aumentado e chocado ainda mais a população neste período de quarentena. O prefeito é conhecido por deixar a saúde municipal em completo caos, permitindo, por exemplo, irregularidades como funcionários fantasmas, distribuição errada de vacinas e perda de recursos federais, chegando a devolver verbas para UPAs e vários postos de saúde.

A nova decisão equivocada de Tião está na tentativa absurda de tentar reabrir todo o comércio de Marabá, indo na contramão de todas as recomendações de isolamento social decretadas pela Organização Mundial da Saúde, pelo Ministério da Saúde e pelo próprio governador do Pará, Helder Barbalho, para a prevenção contra a pandemia do novo coronavírus.

O decreto de Tião que permitia a volta do comércio geral já havia sido publicado no Diário Oficial do município, mas felizmente ainda há quem pense com mais responsabilidade em Marabá. O Juiz Pedro Taurino, da Terceira Vara de Trabalho de Marabá baixou uma liminar para anular o decreto de Tião Miranda. Na decisão do Juiz, fica terminantemente proibida a reabertura do comércio geral, ficando permitido apenas o funcionamento dos serviços essenciais. Caso a prefeitura descumpra a ordem do juiz, pode ser penalizado com multa, bloqueio de contas e receber ação criminal.

O mais chocante sobre o prefeito insistir na volta do comércio, mesmo durante a pandemia, e que ele ainda vai recorrer da decisão do juiz. Isso mesmo, em nota a prefeitura ainda vai recorrer da decisão do Juiz para tentar mais uma vez reabrir o comércio geral de Marabá.

A atitude de Tião Miranda denota não só uma grande irresponsabilidade política, mas uma falta total de empatia pela população, que vem sofrendo diariamente com problemas graves na saúde municipal e que ainda precisa lidar com decisões completamente sem sentido do prefeito, como a insistência em construir praças ao invés de investir no sistema de saúde, que por falta de recursos vem deixando a população completamente desamparada.