Acusados de feminicídio e estupro de vulnerável contra uma menina de um ano e oito meses, foram presos em flagrante na tarde de terça-feira (7), no município de Parauapebas (sudeste do Pará), Deyvyd Renato Oliveira Brito, 31 anos, e Irislene da Silva Miranda, 28, mãe da vítima. A criança faleceu na tarde desta quarta-feira (8).
De acordo com a delegada Ana Carolina de Abreu, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Parauapebas, a criança foi levada ao Hospital Municipal já desfalecida. Na sala de emergência, uma técnica de enfermagem observou lesões nas partes íntimas da menina, caracterizando o abuso sexual. Logo a polícia foi informada e iniciou a apuração. O laudo médico aponta que a criança teve lesões graves na vagina e ânus.
A prisão dos acusados foi realizada em conjunto por policiais da Delegacia da Mulher (Deam) de Parauapebas, e pela equipe da Polícia Militar. Segundo a delegada, a direção do hospital informou que, ao dar entrada com a filha na unidade de saúde, a mãe disse que a menina estava brincando na cama, caiu e bateu a cabeça. Logo depois, contou a mãe, a menina desmaiou diante da televisão.
“Durante o procedimento médico, a criança foi encaminhada à sala de sutura, onde teve parada cardiorrespiratória. Foi reanimada por uma equipe do Serviço Móvel de Urgência (Samu), e em seguida foi entubada”, detalhou a delegada.
Outra versão – Em conversa com uma médica, já na presença dos policiais, a mãe mudou a versão inicial, dizendo que saiu para comprar carne e, quando voltou, a criança já estava muito mal no colo do padrasto. Durante o banho, prosseguiu a acusada, a criança não reagia mais. Teria recebido massagem cardíaca de Deyvyd, e acabou sendo levada ao hospital por um vizinho, informou a delegada.
“O mais absurdo de toda essa história é que a mãe admitiu que sabia dos abusos sexuais praticados pelo companheiro contra a criança. Ela disse que quando se recusava a manter relações sexuais com Deyvyd, ele abusava da criança”, acrescentou a titular a Deam.
Diante dos fatos, os dois foram presos em flagrante ainda no hospital, e indiciados. “Deyvyd porque assumiu o risco de morte da vítima, e a mãe da criança por omissão, porque tinha conhecimento dos estupros sofridos pela filha e não procurou a polícia”, ressaltou Ana Carolina de Abreu.
Atualização:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Infelizmente a criança Carla Emanuele Miranda Correia, vítima de abuso sexual, não resistiu e faleceu na tarde desta quarta-feira (08), às 15h10. A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), prestou todo o atendimento possível à criança, mas, em função do quadro gravíssimo em que se apresentava, não foi possível salvar a vida da paciente.
A causa exata da morte será divulgada pelo IML. A mãe e o padrasto levaram a criança ao Pronto Socorro municipal nesta terça-feira (07), às 14h20. A criança chegou desmaiada e com o quadro de parada cardíaca. Depois de 20 minutos de reanimação, procedimento realizado com sucesso, a criança foi entubada e conduzida para ventilação mecânica, por conta do coma profundo.
A equipe multidisciplinar que acompanhava a criança atuava para conseguir a estabilidade do seu quadro de saúde, para então realizar a sua transferência para a UTI Infantil do Hospital Regional de Marabá. O governo municipal lamenta o óbito e reforça que todo o atendimento foi prestado para salvar a vida da criança.
Assessoria de Comunicação da PMP
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