Esse ano, 1.924 internos receberam o benefício da saída temporária para o Dia dos Pais e diferente dos outros anos, mais rigor e novas formas de segurança foram implementadas pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), como por exemplo, o uso rígido de tornozeleira eletrônica e a saída fracionada dos internos da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI). Em cada terça-feira do mês de agosto foram liberados 300 internos por ordem alfabética. Além disso, a Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) deu apoio a essas saídas. Tais medidas de segurança refletiram diretamente na segurança pública, já que pela primeira vez a saída dos internos não influenciou no aumento da criminalidade no Estado. É o que confirma o diretor da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI), Carlos Alberto Favacho. “As ações de segurança implementadas pela Susipe ajudaram na diminuição de crimes como um todo e o fracionamento da saída dos internos da CPASI dificultou os planos criminosos”, disse o diretor. Exatamente 1.139 foram eletronicamente monitorados nessa saída, já os outros 785 saíram com recurso de portaria de autorização por trabalho laboral externo por meio de programas de reinserção social. O diretor do Núcleo Gestor de Monitoramento Eletrônico (NGME), Robervaldo Araújo, destaca como essa medida ajuda na diminuição da criminalidade envolvendo os beneficiários temporários. “Quando utilizamos tornozeleira eletrônica nós temos uma fiscalização mais aguçada porque sabemos o rastro do interno, por onde ele passou, onde esteve e tem como identificá-lo, com isso conseguimos ter uma fiscalização melhorada. O interno que sai com o monitoramento eletrônico tende a cumprir mais as regras. Órgãos fiscalizadores como a Pólícia Civil também ajudam evitando possíveis crimes na Região Metropolitana de Belém e no interior também”, afirmou. Dos 1.924 internos que saíram, 225 ainda não retornaram e passaram a ser considerados fugitivos. Entretanto, a Susipe, por meio do Núcleo Gestor de Monitoramento Eletrônico (NGME), tem feito a sua parte. “Vamos atrás dos internos monitorados que não voltaram. Eles são obrigados a carregar a tornozeleira. Inclusive, acabamos de recolher um que não retornou ontem – terça-feira (28) era a data para retorno – e se apresentou hoje. São casos e casos”, explicou o diretor do NGME, Robervaldo Araújo.
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