Policiais civis da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Marabá prenderam, nesta sexta-feira (16), dois homens acusados de integrar uma milícia armada que atua na zona rural do município, no sudeste paraense. As prisões foram realizadas após a equipe policial receber a informação de que homens armados estavam ameaçando trabalhadores rurais e incendiando casas. Além disso, eles estariam expulsando assentados de áreas de assentamento rural. Assim, policiais civis de plantão na DECA foram até a região averiguar a procedência das denúncias.
Formada pelo delegado Waney França Alexandre, escrivã Edvane Silva dos Santos, e investigadores José Santos de Souza e Fabio Martins da Silva, a equipe da DECA avistou, ao menos, quatro homens armados na chegada à sede da Fazenda Beira Rio. Três dos homens armados correram com armas em punho. Os policiais civis iniciaram a perseguição a pé.
Durante a perseguição, Cleiton tentou lançar a arma de fogo juntamente com as munições em um arbusto próximo, porém os policiais, após capturá-lo, encontraram a arma. Os outros dois homens armados não foram encontrados.
Um dos homens, identificado como Rogério Antônio Vieira Ramos, portava uma espingarda calibre 12, com sete munições e mais 25 cartuchos de calibre 12, além de três cartuchos de calibre 16 em uma sacola. Ele foi rendido enquanto tentava fugir pela porta dos fundos da sede da fazenda. Outro homem, de nome Cleiton Antônio Vieira Ramos, foi capturado com um revólver calibre 38 marca Rossi com numeração pinada e 11 munições do mesmo calibre. A prisão de Cleiton foi realizada após longa perseguição em área de mata.
Dentro da casa, foi apreendido o documento de Reginaldo da Conceição Oliveira que, de acordo com os dois presos, foi o terceiro homem que fugiu com um revólver e um rifle calibre 38. Foi apreendida também uma moto de cor preta, placa OTY 8050, que, de acordo com os presos, pertence ao quarto homem que estava portando um revólver e fugiu.
Foram apreendidas no local duas lanternas, uma faca tipo punhal e um canivete. Ao final da operação, os presos foram conduzidos à Delegacia de Conflitos Agrários para a tomada das medidas cabíveis. Após realizar o reconhecimento de pessoas por fotos, junto às vítimas, o delegado Waney Alexandre solicitou à Justiça a conversão do flagrante em prisão preventiva, o que foi acatado pelo Poder Judiciário.
PC-PA
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