A Polícia Civil prendeu um pastor de uma igreja evangélica acusado de integrar uma associação criminosa especializada em roubos de joias. O acusado é Ademar Monteiro do Nascimento, de 58 anos, que pregava em uma igreja situada no bairro do Paar, município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Ele foi preso ontem pela Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), situada na avenida Pedro Álvares Cabral, no bairro da Sacramenta. Com o pastor, a polícia encontrou um cordão de ouro, avaliado em pelo menos R$ 7 mil, e duas correntes também de ouro, custando cerca de R$ 2.300, o par.
O pastor é o quarto integrante da quadrilha a ser preso pelo crime de estelionato e receptação de objetos roubados. Ele é apontado nas investigações da polícia como a parte final do esquema criminoso, atuando como receptador das joias adquiridas por meio de golpe. Ele era responsável por receber os adornos e revender para terceiros, ficando com parte do valor. O pastor já respondia criminalmente por falsidade ideológica e estava em liberdade condicional.
No dia 15 deste mês, foram presos Angélica Guedes da Costa e Madson da Costa Franco, que são mãe filho. Os dois buscavam as peças de valor pessoalmente com as vítimas e entregavam para o receptador. Com a prisão deles, o grupo precisou de uma nova pessoa para apanhar os ornamentos. Assim, o acusado Yuri Ricardo do Nascimento Santos foi integrado ao bando e passou a atuar no esquema criminoso no lugar de Angélica e Madson. Yuri, entretanto, também já foi preso. Ele foi detido na última segunda-feira.
Todos os quatro acusados vão responder por crime de estelionato, associação criminosa e receptação de objetos roubados. Eles foram encaminhados para a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). As investigações do caso continuam. Os objetos roubados foram devolvidos aos proprietários lesionados pelo grupo.
COMO O GRUPO AGIA
As investigações para prender a quadrilha começaram no início deste mês após denúncias de pelo menos nove vítimas. O grupo criminoso, composto por pelo menos cinco pessoas, buscava as potenciais vítimas em sites de compras e vendas. Eles procuravam principalmente pessoas que comercializavam joias e outros itens de valor, como aparelhos celulares, entre outros. Depois de localizar os alvos, um dos criminosos, então, entrava em contato com as vítimas por meio de aplicativos de mensagens instantâneas e utilizava identidade falsa para conferir credibilidade à negociação. O criminoso geralmente usava o nome de um advogado conhecido em Belém (cuja identidade a polícia preferiu não divulgar) para passar segurança às vítimas, que acreditavam estar vendendo as joias para uma pessoa idônea, de boa reputação. Após a primeira conversa, o criminoso acertava com a vítima o horário e o local para a entrega dos adornos das peças de ouro, mas sempre inventava uma justificativas para não comparecer pessoalmente ao encontro. Ao invés disso, ele dizia às vítimas que enviaria uma prima ou outro familiar ou amigo para buscar as joias no local combinado. Assim, começava o papel de outros dois criminosos, que iam até o ponto de encontro, se apresentavam à vítima, mostravam um comprovante de pagamento falso e retornavam com os ornamentos em mãos. O pagamento das joias, entretanto, jamais era efetuado. Em dois casos recentes, o bando negociou com a compra de um cordão de ouro pelo valor de R$ 7 mil e duas pulseiras ofertadas por cerca de R$ 2.300. O dinheiro, entretanto, não foi depositado na conta das vítimas. “A gente conseguiu apurar que uma pessoa conversava com as vítimas através de Whats App, se passava por advogado. Esse advogado existe, mora em Belém. Isso o autor do crime fazia para dar mais credibilidade para o golpe, porque a vítima sabia que o advogado era uma pessoa séria. Só que esse advogado teoricamente nunca podia comparecer às casas das vítimas para buscar as joias, ele nunca se fazia presente, mandava alguém buscar por ele. Então, ele dizia que era uma prima, parente, alguém que ele inventava”, detalhou a delegada Fernanda Maués. “A partir do momento que eles pegavam as joias nas casas das vítimas, eles repassavam para uma outra pessoa, que é o Ademar”, complementou. “A vítima recebia o comprovante falso no Whats App dela, a hora confere, aí fecha o golpe”.
ALERTA
A delegada Juliana Cavalcante fez um alerta para vendedores e consumidores que fazem negociações pela internet. “Como eu posso me prevenir? Verifico se tem saldo na minha conta. Não acredito só no comprovante. Comprovante pode ser digitado em PDF. Então você verifica se o dinheiro caiu na sua conta. E dê preferências para transferências entre mesmo banco, que cai logo. A nossa orientação é: apena dê o objeto depois que tiver creditado o valor na sua conta”, sugeriu. “Além disso, você pode verificar se aquele objeto é da pessoa que está vendendo, realmente, fotografias que a pessoa tenha com o objeto há muito tempo, para demonstrar que não objeto de crime. Hoje em dia, o comércio eletrônico está sendo muito difundido. Desconfie de negociações muito rápidas e fáceis, o estelionatário quer fazer a compra rápido, para a pessoa nem racionar que está sendo enganada. “Te dou logo o dinheiro, vou agora buscar aí’, desconfie. Ou então receba em dinheiro”, advertiu.
Zap Marabá / informações Byanka Arruda
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